Além de cantora, compositora, multinstrumentista e educadora, Doroty é também uma grande contadora de causos. Sentar ao seu lado, informalmente, significa uma viagem por entre história de caipiras, Kalunga ou famosos, todos eles – sem distinção – caindo no humor ácido desta professora mambembe.
Em uma de suas histórias, muito ilustradora de como as atividades cotidianas do interior assumem outras características além da função em si, Doroty nos contou uma história que era mais ou menos assim: quando morava numa cidadezinha lá no interiorzão do Mato Grosso, todas as mulheres, inclusive as pertencentes ao “alto escalão” da cidade, lavavam suas roupas no rio.Todos os dias, lá ia a mulherada com as trouchas de roupa na cabeça... Cansada de lavar e torcer, a secretária de cultura da cidade comprou uma máquina de lavar. Durante certo tempo ela abandonou o cotidiano do rio e aproveitou a praticidade do novo brinquedo.
Pouco tempo depois, Dorothy vê, entre tantas outras mulheres, novamente a secretária rumando ao rio com sua trouchinha de roupa a tiracolo. Perguntou:
-Ô mulher, porque você não usa a máquina novinha que comprou? Quebrô, é?
A secretária responde:
- Ah, Doroty...pro inferno aquela máquina... Num cunversa com a gente, num fofoca, num sei mais da vida do povo, tá loco! Como é que eu vô podê faze meu trabaio assim??? Eu não, to vortando é pro rio memo...”
Em uma de suas histórias, muito ilustradora de como as atividades cotidianas do interior assumem outras características além da função em si, Doroty nos contou uma história que era mais ou menos assim: quando morava numa cidadezinha lá no interiorzão do Mato Grosso, todas as mulheres, inclusive as pertencentes ao “alto escalão” da cidade, lavavam suas roupas no rio.Todos os dias, lá ia a mulherada com as trouchas de roupa na cabeça... Cansada de lavar e torcer, a secretária de cultura da cidade comprou uma máquina de lavar. Durante certo tempo ela abandonou o cotidiano do rio e aproveitou a praticidade do novo brinquedo.
Pouco tempo depois, Dorothy vê, entre tantas outras mulheres, novamente a secretária rumando ao rio com sua trouchinha de roupa a tiracolo. Perguntou:
-Ô mulher, porque você não usa a máquina novinha que comprou? Quebrô, é?
A secretária responde:
- Ah, Doroty...pro inferno aquela máquina... Num cunversa com a gente, num fofoca, num sei mais da vida do povo, tá loco! Como é que eu vô podê faze meu trabaio assim??? Eu não, to vortando é pro rio memo...”
Bruna Muriel
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