Recife e o Reencontro com Urbano
Agradeço, por todos da equipe, ás pessoas que gentilmente nos hospedaram em Recife. Á Bete, por receber o Lucas (que chegou pintado de jenipapo, de chapéu de palha e com um arco e uma flecha gigantes na mão!). Ao Osvaldo e ao Rodrigo, que hospedaram uma Camila Krahó e permitiram uma série de jantinhas e reuniões gostosas no ap., além de permitir que ela voltasse á Bauru com sua mala de roupas limpas e cheirosas! A Inês e Leimar, pais do Diogo (grande amigo de Piau, que está em Barcelona), que além de Recife também nos hospedaram (luxuosamente!) no São João de Campina Grande. E, por fim, a minha queridíssima amiga de bons e irresponsáveis tempos (eita, colegialzao!!) Daliane, Lua e Rodolfo (e Floquinho !!)
A família me recebeu já com mil programações, dicas turísticas, coisa e tal...E se surpreenderam com o fato de, nos primeiros dias, eu insistir em ficar em casa vendo filminhos ao invés de ir bater perna no Recife antigo ou tomar um sol em Boa Viagem... !
É que a experiência da aldeia foi, claro, incrível. Tanto que levará um tempo para ser assimilada em sua totalidade, seus significados, suas rupturas e transformações. Auto e sócio-críticas, deparar-se com o que de mais humano há em nós e nos outros, sentir o estranhamento e o encantamento com o diferente...Mas também houve um processo de valorização de elementos culturais e pequenos prazeres que são parte do nosso cotidiano. Elementos já tão naturalizados que quase esquecemos o quão culturais eles são.
Por isso que chegar a Recife significou - mais do que uma profunda imersão no Maracatu e no Mangue Beat - dormir em uma caminha cheirosa, internet, dvd, cozinha limpinha cheia de guloseimas gostosas, máquina de lavar e (mais do que tudo, talvez) o banheiro, esse templo dos rituais sagrados diários!!!
Coisas simples mas que, se ficamos um período sem usufruir, tornan-se prazeres imensuráveis... Recife teve, portanto, muito deste significado. Descanso! Do rústico, da estrada, do "perrengue", de cada um de nós em relação aos outros...
Relembramos a vaidade (barbas e cabelos foram cortados, unhas e sobrancelhas feitas, pernas depiladas).Relembramos os deliciosos besteiróis urbanos como o chocolate, o sorvete do Mac Donald´s (ah, confessei!!!), o parquinho, o cinema com pipoca!
Claro que também fomos ao Recife Antigo, á Terça Negra na Praça São Pedro, ao Instituto Brennand, á Boa Viagem...Mas, definitivamente, mais do que isso, Recife significou um reencontro com o urbano, com a comodidade, com os confortos (hiper) modernos.
Reencontro interessante também porque nos permitiu uma sensação de choque cultural mais forte do que se tivéssemos continuado no sertão ao sair da aldeia. E também porque valorizar “o mundo de cá” (já que, enfim, não somos indígenas e não moramos na aldeia) diminui a sensação de perda de algo, o conflito interno, uma certa tristeza por ir embora de um lugar onde a vida – apesar de difícil – é tão mais natural, livre e cheia de risos...Estas sensações ficam mais tênues ao nos encantarmos com os elementos da cidade.
Encantamento este que, diga-se de passagem, o engarrafamento quilométrico (com seus xingamentos e buzinas constantes), o cheiro do esgoto a céu aberto, o carro quebrado e rebocado, e a televisão e seus sensacionalismos fizeram ir diminuindo.... E fez com que fossemos buscar a paz: em Olinda!
Bru
Despedida da Gran, no famoso 4º andar dos "meninos"!
Piau em um momento pouco "Artista Intelectual Pesquisador de Cultura Popular"...!
Doblô à espera de um reboque, parando o insano trânsito de Recife,bem as 18.30hs !
Chuva?Onde?
Pensamos em um outdoor para amantes da gastronomia marítima assim:
"Vem! Vem pra Recife você também, Vem!!!
Affe, tô aqui babando litros e litros só de ver as fotos!
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